“Por uma voz saudável”

“Por uma voz saudável”

A voz é o som resultante da vibração das cordas vocais quando o ar passa através da laringe. Nós não temos uma voz, temos várias, com as quais se criam emoções, se comunica, se dialoga em sociedade.

Alguns conselhos para uma voz saudável:
1) Fale pausadamente. Utilize pouco a voz. Fale menos e sempre num tom e intensidade moderados. Não grite. Não fale alto, nem durante muito tempo, nem ria de forma demasiado forte.
2) Evite falar alto em ambientes ruidosos, não tente se fazer ouvir quando o ambiente está mais barulhento.
3) Evite falar durante o esforço ou o exercício físico.
4) Não confirme verbalmente tudo o que lhe dizem, poupe a sua voz e mantenha-se em repouso enquanto escuta.
5) Bocejar relaxa os músculos da voz.
6) Coma maçã e frutas cítricas que deixam a saliva mais fina e limpam a laringe.
7) Mantenha-se hidratado, beba água frequentemente.
8) Evite pigarrear, aclarar a voz ou tossir repetidamente sem necessidade, evite o atrito na garganta, isto aumenta a inflamação das cordas vocais.
9) Evite ambientes poluídos com muito fumo, pó ou gases de produtos irritantes. Não fume (o fumo deposita-se nas cordas vocais provocando o seu “inchaço”), qualquer dia e qualquer motivo são bons para deixar de fumar.
10) Evite o ar seco, pode humedecer o ambiente com um vaporizador.
11) Quando estiver constipado ou com sintomas de alergia, respeite-se, repouse a voz.
12) Evite álcool, café, chá preto ou bebidas gaseificadas, mas também alimentos muito condimentados, picantes ou gordurosos que podem estimular o refluxo gástrico.
13) Não se auto-agrida, não ingira líquidos muito frios ou quentes.
14) Não se auto-medique, os sprays e pastilhas podem mascarar sintomas.

São sinais de alarme: Mudança de voz, muitas vezes só reconhecida por terceiros; tosse que não passa; dor, irritação ou tensão ao falar; sensação de corpo estranho na garganta; dificuldade em respirar ou deglutir; se ocorre rouquidão com frequência ou dura mais de 15 dias; se a rouquidão é numa criança com menos de 3 meses; se os sintomas se acompanham com salivação excessiva, especialmente em crianças - não se automedique, consulte o seu Médico.

Não se esqueça de seguir estes pequenos conselhos, poderão fazer toda a diferença para um futuro mais saudável. Previna, evite problemas de saúde graves e viva mais e melhor!

Adaptado do Guia Prático de Saúde da APMCG e da semFYC e das recomendações da Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia e Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala
Por Margarida Barros Henriques
Médica Interna de Medicina Geral e Familiar da USF Feijó